Estas dificuldades foram originadas pela instabilidade económica global e agravadas pela pandemia do COVID-19, que provocou uma redução de viagens, devido a algumas empresas terem sido forçadas a suspender temporariamente a produção e, consequentemente, uma redução na demanda por serviços de transporte. Seguidamente, com a guerra provocada pela invasão da Rússia na Ucrânia e ainda para complicar ainda mais a situação a inflação, que ainda perduram, temos neste momento também o conflito no Médio Oriente.
O estado dos transportes rodoviários de mercadorias em Portugal tem sido objeto de discussão e preocupação nos últimos anos, e no atual contexto económico, o setor encontra-se em constante evolução.
Os transportes de mercadorias sempre estiveram muito expostos às flutuações do mercado e às suas consequências económicas.
A situação atual não foge à regra, com o aumento dos custos operacionais, devido a um brutal aumento do preço dos combustíveis, como também do AdBlue, além da elevada carga fiscal e a maior taxa de inflação dos últimos 30 anos, estão a colocar os transportadores portugueses em sérias dificuldades.
A rede rodoviária em Portugal, embora tenha melhorado ao longo dos anos, ainda enfrenta desafios nas infraestruturas rodoviárias. Estradas congestionadas, falta de manutenção às rodovias e pisos danificados, contribuem para atrasos, desgastes prematuros nos veículos e custos adicionais para as empresas transportadoras.
Os custos elevados das portagens nas autoestradas, têm um impacto significativos afetando a competitividade das empresas de transporte, além de refletir-se em aumento dos preços dos produtos transportados, para o cliente final.
A regulamentação dos transportes rodoviários é complexa e sujeita a mudanças frequentes. Isso exige que as empresas estejam constantemente atualizadas e cumpram uma série de requisitos burocráticos, o que pode ser oneroso e desafiador.
A falta de motoristas qualificados e a falta de segurança, são dois problemas significativos que afetam amplamente as empresas do setor em Portugal e em toda a Europa. A profissão de motorista profissional é muitas vezes subvalorizada, o que dificulta a atração de talento e contribui para a escassez de mão-de-obra qualificada. Em toda a Europa, estima-se que haja uma carência de mais de 600.000 motoristas profissionais, sendo que os ainda ativos têm uma idade média que ultrapassa os 50 anos.
A falta de motoristas profissionais tem impactos significativos na economia, resultando em atrasos na entrega de mercadorias e aumentos nos custos de transporte. Para resolver este problema, as empresas procuram soluções para tornar a profissão mais atrativa, melhorar as condições de trabalho e garantir que haja uma força de trabalho qualificada e suficiente para atender às necessidades do setor de transporte.
A crescente incidência de assaltos e roubos no transporte de mercadorias, incluindo o roubo de combustível, tornou urgente a necessidade de construir áreas de estacionamento seguras, que possam garantir proteção tanto dos motoristas quanto das cargas e dos veículos.
Os motoristas muitas vezes enfrentam longas horas de trabalho, prazos apertados e pressão constante para cumprir metas. Isto pode resultar em fadiga e prejudicar a segurança rodoviária, dos veículos e da mercadoria transportada.
A profissão de motorista tem perdido atratividade, especialmente entre os jovens, devido à falta de equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal. Horas de trabalho longas e irregulares, muitas vezes em viagens que podem durar dias, tornam difícil manter um equilíbrio saudável entre a vida no trabalho e a vida em casa. Além disso, a natureza solitária do trabalho em logos percursos também desestimulam muitos candidatos.
A pressão para reduzir as emissões de carbono, visando aumentar a sustentabilidade ambiental, tem vindo a aumentar e as empresas de transporte rodoviário enfrentam desafios económicos elevados, para adotar veículos mais sustentáveis — da última geração, veículos híbridos e elétricos — devido aos altos custos iniciais e à falta de infraestrutura adequada.
Em 2011, o Livro Branco sobre Transportes da Comissão Europeia delineou uma meta ambiciosa para o ano de 2030: transferir 30% do tráfego de mercadorias em distâncias superiores a 300 quilômetros para modos de transporte alternativos, como ferrovias, transporte marítimo e fluvial. Esta iniciativa foi proposta com o intuito de promover uma gestão mais sustentável das mercadorias, favorecendo abordagens mais eficientes e menos prejudiciais ao meio ambiente. Além disso, o documento estabeleceu uma visão de longo prazo, visando a transferência de mais de 50% do tráfego até 2050, com a ajuda de corredores de transporte ecologicamente eficientes.
As empresas de transporte em Portugal são confrontadas também com o dumping efetuado por empresas de outros países, o que afeta as margens de lucro.
O transporte de mercadorias perigosas está sujeito a regulamentações rigorosas, o que implica custos adicionais para as empresas e a necessidade de cumprir requisitos de segurança específicos.
Para mitigar alguns dos problemas que afetam o sector dos transportes, o governo português tem adotado medidas para melhorar a infraestrutura rodoviária, simplificar regulamentações e promover a sustentabilidade no setor de transporte. No entanto, a solução completa desses problemas requer esforços contínuos e a colaboração entre o governo, as empresas de transporte e outras partes interessadas.
Com o intuito de revitalizar a economia do país, a Comissão Europeia concedeu apoio financeiro ao setor de transporte em Portugal. Em junho de 2022, a Comissão aprovou uma solicitação do governo português para fornecer auxílio estatal às empresas de transporte de mercadorias.
Esse apoio tem como objetivo atenuar os impactos da crise atual, resultante da invasão da Ucrânia pela Rússia, e será concedida sob a forma de subvenções diretas, totalizando quase 46 milhões de euros. Estas subvenções visam beneficiar todas as empresas do setor de transporte rodoviário de mercadorias, independentemente do seu tamanho, desde que tenham sido afetadas pela crise.
A bolsa de cargas Trans.eu, uma alternativa ao ponto de ebulição do transporte internacional
No contexto em que o sector dos transportes em Portugal continua a enfrentar novos desafios e está em constante evolução e transformação, é inevitável considerar opções de rotas e soluções internacionais que permitam às empresas de transporte terem uma atividade eficiente e crescerem sem perder de vista a Europa.
Nesse sentido, o Grupo Trans.eu ingressou no mercado ibérico, com uma plataforma de transporte moderna, alcance internacional e uma sólida experiência de 20 anos no setor, que lhe possibilitou estabelecer a maior comunidade de transporte da Europa.
Os números são a prova irrefutável: a bolsa de cargas da Trans.eu que disponibiliza mais de 7 milhões de ofertas de carga por mês, dando apoio âs transportadoras com uma variedade de frotas, incluindo as que são dedicadas ao transporte expresso e com carrinhas. O número continua a crescer graças à adesão à plataforma de mais de 6.000 empresas produtoras e 12.000 operadores logísticos com um histórico comprovado de sucesso e rentabilidade.
Junte-se à comunidade Trans.eu hoje para juntos conseguirmos trilhar o melhor caminho na jornada no setor de transporte em Portugal!
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